O Eremita... simples assim!

 Andar sozinho pelos caminhos do desconhecido, não é uma escolha, é um chamado.
A solidão é uma dádiva para aqueles que não pertencem a um mundo onde as coisas comuns imperam. A diversidade das cidades não tem sentido para aqueles que trilham o caminho das sombras das árvores. Por quanto tempo se consegue ficar sozinho consigo mesmo? muita gente não consegue fazer isso, são poucas as pessoas que gostam apenas de ficar em paz em um lugar tranquilo, que não sentem aquela necessidade doentia de sair para se divertir ou buscar algo que todos dizem que é bom, mas que na verdade só faz aumentar um vazio que já existe dentro da alma.Um vazio que faz uma pessoa desejar cada vez mais, querer cada vez mais, ser cada vez mais tudo aquilo que está na moda. A diversão não é ruim e não sou contra a ela. Mas quantas vezes você parou pra contemplar? ouvir o som que vem de dentro ? o movimento das folhas das árvores em dia de ventania? quantas vezes você simplesmente parou ? não quis? não desejou? quantas vezes você se permitiu estar só?
Existem dois tipos de solidão: aquela que traz a libertação das coisas comuns e te dá a paz de espírito, permitindo que você seja apenas você; a outra é aquela que nasce da vontade de querer ser aceito, de querer se encaixar, por isso precisa estar sempre acompanhado para não se sentir excluído. A exclusão gera angústia e medo.
O Eremita é a contemplação do silêncio interior, é o incentivo ao parar de querer, nem que seja por um momento. Simplesmente respirar, andar, sentir... sentir-se desligado de tudo. Ser unicamente um ser humano, apenas corpo e alma. Permitindo-se ser apenas seu verdadeiro eu. Permitindo-se ... apenas permitindo-se uma solidão libertadora de você mesmo.
Você conseguiria fazer isso? ser apenas você mesmo?
O que me diz?